DROGAS = PROBLEMAS

DROGAS = PROBLEMAS
NÃO ENTRE NESSA

terça-feira, 26 de julho de 2011

Metade




Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para faze-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.


O silêncio dos bons

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”






Menores infratores



                                   Por que os adolescentes usam droga?


Curiosidade
Desejo de ser aceito pelo grupo.
Revolta
Incapacidade de enfrentar problemas
Família ausente e ou permissiva
Falta de cultura e ou expectativas
Solidão
Falta de formação e informação
Más companhias
Decepções
Desentendimentos com os pais
Sociedade injusta e excludente
Descaso do Estado, entre outros.

Em tais situações, as drogas podem se apresentar ao adolescente como a solução dos problemas que o aflige. É uma triste ilusão!
            É deprimente saber que crianças se drogam e que posteriormente enveredam para a marginalidade, porém mais deprimente é saber que muitos dos menores não infratores são vítimas fatais destes infratores.
Quem poderá consolar os pais de Liana Friedenbach e Felipe Caffé que foram brutamente assassinados pelo “menor” Champinha, ou os pais de João Helio morto após um assalto praticado por um menor de 16 anos?
Por quê nada muda?

Menor infrator

A psicologia do “tudo é permitido em prol do desenvolvimento da personalidade”, esbarra na velha teoria na qual os limites devem ser delimitados para aqueles em formação de caráter. Pessoas sem limites têm muito mais probabilidades de tornarem-se delinquentes ou se enveredar para o mundo das drogas. No Brasil particularmente, a situação já está insustentável, pois estes menores infratores não são punidos segundo a gravidade de seus delitos, afinal segundo o Poder Legislativo, estas "crianças" não podem responder por seus atos, pois são inimputáveis.


Definição de inimputáveis

Inimputáveis, palavra difícil de ser dita,
Parece tópico de discurso de gente letrada.
Porém, difícil mesmo é aceitar sua definição
sem se sentir vítima da situação.
Afinal, quem em sã consciência pode afirmar que
“um igual” tendo ele, 15, 16 ou 17 anos
que assumindo por vontade própria, sem coação,
apenas por pura perversão
o risco de matar, roubar, estuprar e ou apenas delinquir
 não poder ser responsabilizado pelo ato cometido?

Segundo a constituição brasileira
Inimputável é a pessoa que será isenta de pena em razão de doença mental
, desenvolvimento mental incompleto ou retardado que, ao
tempo da ação ou omissão, não era capaz de entender o
caráter ilícito do fato por ele praticado ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.

São causas da inimputabilidade:
a) doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado;
b) menoridade;
c) embriaguez completa, decorrente de caso fortuito ou força maior;
e
d) dependência de substância entorpecente.

Explicando melhor:

Sob um véu de boas intenções foi elaborada e aprovada
uma lei que beneficiava menores de 18 anos.
Para muitos especialistas em comportamento humano
tal lei incita o inimputável à perversão e ao delito.
Sem a intenção de ser hipócrita muito menos demagoga
apenas vislumbrando a triste realidade,
arredando a cegueira ideológica;
Ouso dizer que estudos já comprovaram que
a maioria destes menores infratores
Possuem “pleno” conhecimento da lei,
Lei que, como uma mãe protetora e permissiva,os abraça,
os protege, os acoita.
Por este motivo, estes inimputáveis,
que numa disparidade bizarra podem
votar elegendo os fazedores de leis.
São tidos como incapazes de responder por seus atos
Vivem na impunidade
usufruindo da lei que os protege
cometendo toda sorte de ilícitos infracionais,
Sem temor;
Sem receio;
Sem pudor.
Isso tem explicação:
A forma de punição imposta aos menores infratores
não passa de amenas medidas socioeducativas
Um tipo de castigo leve, visto que são apenas crianças.
Sendo assim...
Porque não reincidir?


segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que é crack?

Crack

Pedra, bagulho


O crack é basicamente o subproduto da cocaína, misturada a uma substância básica como o bicabornato de sódio ou bicabornato de amônia. Ao contrário da cocaína, que quando aquecida se decompõe, a nova mistura cristaliza podendo ser fumada em cachimbos. Quando em combustão o cristal faz um “crack”. É daí que vem o nome da droga.

Uma droga com alto nível de dependência, que contém cerca de um grama e proporciona um barato intenso que dura de três a dez minutos.
O prazer é instantâneo, ilusório, arrebatador e efêmero, numa ação semelhante ao do éter, quando inalado. Após breve viagem o dependente apresenta alucinação, paranóia, confusão mental e depressão.

O que antes só servia para os miseráveis, esquecidos pela sociedade, rompeu as barreiras sociais e passou a ser consumido por jovens da classe média e alta, ganhando a disputa com a cocaína em bares e portas de escolas nos bairros nobres.

Profissionais liberais, atletas, empresários, universitários, políticos, policiais, enfim todo tipo de gente está se entregando aos “prazeres” mortais do crack.

É notório que usuários de crack perdem o gosto por muitas coisas da vida. Primeiro perdem a inteligência, pois só os tolos pagam para morrer. Depois a paz de espírito, sendo assombrados diuturnamente com alucinações desmedidas. Logo a seguir perdem o sono, vivendo em constante vigília. A lenta e cruel deterioração de seu corpo vem quando não sentem mais prazer em se alimentar perdendo peso e a saúde. Abatidos e assombrados, perdem o brilho, o sonho, o asseio, a vergonha, o desejo sexual, o escrúpulo e finalmente a razão.
Tornou-se corriqueira, a notícia de que um viciado havia matado pela próxima pedra. A tragédia maior é que muitas vezes, as vítimas são os próprios pais, avós, amigos, esposas, maridos e até filhos.

Texto extraído do livro Crack - Uma pedra no caminho

domingo, 17 de julho de 2011

Sinopse do livro "CRACK - UMA PEDRA NO CAMINHO"

Após um evento cataclísmico se abater sobre o planeta, dizimando um terço da população, as pessoas desesperadas, abandonadas pelo poder público, buscam nas drogas alívio imediato.
Com a violência imperando, traficantes tomam o poder recrutando um verdadeiro exército de noiados.
Fugindo dos saqueadores e assassinos, um nutricionista, uma psicóloga e seus três filhos, aventuram-se numa jornada rumo ao Norte do país.
Há muitos personagens fundamentais na história desta caminhada. Os ajudadores como Mateus, ex-militar que se junta ao grupo, Beatriz que após ser atacada e violentada por noiados, engravida e dá à luz a uma garotinha. Luz do Sol uma misteriosa caminhante. 
 Rosário, a índia valente que num relato eletrizante luta contra um bandido, livrando-os da morte iminente. Ferrerão, ex-chefe do tráfico de drogas, que após a morte de sua família, sem coragem para se suicidar, enclausura-se em uma fortificação no meio da mata e Carla
uma médica da cidade de Cáceres.

Mas assim como na vida real, o grupo que a cada dia aumenta mais, se depara com inúmeras pessoas que os coloca em risco constante, como Zoinho, adolescente viciado.
Ferreinha, megalomaníaco psicopata, atual chefe do tráfico na região Norte.
Lutando contra a fome, sede, frio, animais selvagens e toda sorte de infortúnios, eles seguem obstinados em busca de segurança.
Mais que uma história apocalíptica, Crack- Uma pedra no caminho,  é um comovente relato
da violência desmedida que assola a humanidade, mostrando que a união, o companheirismo, fé e a esperança podem mudar o curso de um futuro já determinado.

Onde encontrar o livro?


Por que escrevi um livro sobre o crack?

Por que escrevi sobre o crack?

 O livro “Crack – Uma pedra no caminho” nasceu a partir de minha indignação ao ver amigos, conhecidos e desconhecidos sucumbirem à pedra da morte.

Nos filmes de Hollywood, humanos se tornam zumbis após uma grande tragédia, e perambulando pela Terra, cometem as mais abomináveis atrocidades.
O termo zumbi significa, "aquele que não tem vontade própria".

Enganam-se aqueles que pensam que a realidade está longe da ficção. Só não vê quem não quer. Muitos destes viciados que vagam pelas ruas são verdadeiros zumbis. Homens, mulheres, crianças que perderam o sonho, o senso, a família, a dignidade, o amor próprio e a decência. Não temem a morte, pois já estão mortos. Não temem a lei, pois o bom senso fugiu-lhes da mente. Não temem nada, pois a pedra tornou-se a razão de suas vidas.

Para aqueles que acham que estou sendo dura com minhas palavras, o que me dizer dos relatos que seguem abaixo?

Um viciado invadiu a casa de uma idosa para roubar. Quando flagrado pela senhora, matou-a sem piedade. O fruto do roubo lhe rendeu muitas pedras, que ele usou sem pestanejar. No dia seguinte, novamente atormentado pela fissura, ciente de que faria tudo de novo, correu para uma delegacia e se entregou, dizendo:
- Me prendam, senão vou continuar matando!

Outro caso, que do mesmo modo me deixou chocada é o de um conhecido.
Médico conceituado, cirurgião de coluna, jovem, bonito, casado, pai de um lindo bebê, boa saúde, boa família e situação financeira invejável. E mesmo sendo um privilegiado encontra-se no fundo do poço, pois só consegue operar após umas pipadas.
Não, ele não está nas ruas perambulando como um mendigo, seus pais amorosos fizeram de tudo por ele, sua esposa é linda, e seu filhinho perfeito. Mora numa mansão e é tido como um excelente cirurgião no estado onde mora.

Acha isso pouco? Pois bem.
Quem não ficou aturdido, ao assistir nos telejornais as imagens do conceituado advogado criminalista, Ércio Quaresma flagrado fumando pedra em uma cracolândia de Belo Horizonte?

O que dizer do que aconteceu com dona Flávia Costa de 62 anos, classe média alta, residente no estado do Rio Grande do Sul, que para se defender de um ataque violento, matou o próprio filho, usuário de crack?

Quem se lembra do atacante Jobson, do Botafogo, que foi pego por duas vezes no exame antidoping durante o Brasileirão? O rapaz de 21 anos admitiu ao delegado que era usuário de crack, só que não sabia que isso poderia prejudicá-lo na carreira.


É fácil assistir a este espetáculo de horror sentado confortavelmente nas poltronas da platéia. O pior é constatar que o número de atores tem aumentado dia a dia. No último senso sobre usuários de drogas, o governo afirmou não ter números exatos, mas aventou a possibilidade de serem mais de um milhão de pessoas. Um milhão de dependentes, um milhão de alucinados, um milhão de sofredores, isso sem somar as famílias, que são diariamente bombardeadas por preocupações e tormentos que a pedra traz.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Crack - A pedra da morte

Dedico este blog às verdadeiras vítimas do crack e do oxi. Pais, mães, avós, irmãos, esposas, maridos, filhos e amigos dos milhões dos dependentes, que assistem a lenta e cruel destruição de seus entes queridos sem ao menos ter o apoio do Estado, que os deveria acolher neste momento crucial de suas vidas.

A luta contra o vício é injusta, atroz e desumana, pois muitos destes viciados já foram bons filhos, bons pais, bons maridos, seres humanos produtivos, saudáveis e afetivos, pessoas que do dia para a noite, como num passe de mágica, se transformaram em estranhos dentro do cerne de suas famílias.

Mesmo em desvantagens nesta luta inglória, as famílias dos viciados nunca desistem de amá-los e apoiá-los incondicionalmente. Este é meu alento em meio a tanto caos, pois o amor definitivamente é a única chave que destrava as portas do inferno que a droga gera.

Que este blog traga luz onde hoje só há trevas e que de alguma maneira possa iluminar, os que por direito de voto, ocupam as cadeiras do poder para que ajam enquanto ainda há tempo. Desejosa de que as políticas de prevenção e tratamento saiam do discurso e sejam realizadas na prática aguardamos ansiosos pelas promessas jogadas ao vento na época de eleição. Afinal os governantes têm por obrigação zelar pelo bem do povo.  Ou não?