DROGAS = PROBLEMAS

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NÃO ENTRE NESSA

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A montanha 


Ainda que estática presa a mesma latitude e longitude estou viva e pulsante...
Muitos me observam, mas sem enxergar me subestimam.
Sou forte, inabalável, aprendi com as intempéries da vida a tudo suportar.
Fui moldada por tormentas, ventos e tempestades, muita água escorreu de mim para que hoje eu pudesse enfim me aceitar.
Mesmo sendo única sou infinita por dentro.
Sou relva, arbustos, flores, espinhos, pedras e pedregulhos aos olhos dos desatentos
sou ferro, estanho, ouro, cobre e diamantes aos que sabem procurar...
guardo com carinho minhas cavernas ocultas que poucos um dia poderão se aventurar.
Sou tantos mistérios que nem eu mesmo consigo me explicar, creio que este seja um dos motivos de não ter perecido.
Com encostas ingrimes tenho lados ainda inexplorados,
com platos planos dou guarida aos que em mim confiam.
O tempo me fez ser gentil, hospitaleira e cordial,
preciso confessar que algumas vezes sou até passiva demais, isso porque temo não me controlar.
Minha passividade atrai pássaros que em minhas árvores vem cantar.
recebo de bom grado a tudo e todos que comigo vem a vida compartilhar.
Acredite, tenho mais em mim do que os olhos podem enxergar...
não sou apenas montanha, tenho um grande segredo que guardo sob toneladas de rocha,
por fora sou montanha, mas por dentro sou um vulcão prestes a acordar,
por este motivo contenho a fúria que um dia consegui abrandar...
Mas um dia vulcão, mesmo adormecido, sempre vulcão
não me subestime, não queira saber a força de uma explosão.
Sei que em breve esta montanha vai se mudar, a casca ficara aqui, mas em rochas ardentes vou a encosta rasgar e num frenesi que temo até pensar, vou descer a montanha e desaguar no mar....

Bárbara Fuganti





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